Licença Paternidade Prolongada: Como Consegui
Já parou pra pensar no quanto o tempo com seu filho recém-nascido pode impactar a vida de vocês dois? Eu confesso que só entendi isso de verdade quando me vi segurando meu bebê pela primeira vez. Foi um momento de felicidade surreal, mas também de ansiedade.
A verdade é que cuidar de um recém-nascido é uma montanha-russa de emoções e desafios. E, como pai, eu percebi que os 5 dias de licença paternidade “padrão” simplesmente não seriam suficientes para estar presente de verdade nessa fase tão importante.
Foi então que decidi correr atrás da licença paternidade prolongada, e hoje vou contar tudo sobre essa experiência – os desafios, os aprendizados e como isso mudou minha relação com meu filho.
A Descoberta: O Primeiro Passo Para Estender Minha Licença
Tudo começou durante uma conversa despretensiosa no trabalho. Um colega mencionou que havia conseguido uma licença paternidade de 20 dias, algo que eu nem sabia que existia na época. A partir disso, comecei a pesquisar mais sobre o tema.
Foi aí que me deparei com um vídeo no YouTube chamado Licença Paternidade: Prazo Poderá Ser Estendido para Até 120 Dias. Nele, a apresentadora explica como algumas empresas e setores públicos já oferecem a possibilidade de estender a licença para além dos 5 dias obrigatórios previstos por lei. Aquilo me abriu os olhos: eu não precisava me conformar com o mínimo, podia ir atrás de algo mais significativo.
No Brasil, a licença paternidade é de 5 dias, segundo a Constituição Federal, mas empresas cadastradas no Programa Empresa Cidadã podem oferecer 20 dias.
Servidores públicos em alguns estados podem solicitar até 120 dias, o mesmo período da licença maternidade. Isso me deu esperança, mas também trouxe uma série de perguntas: Será que minha empresa fazia parte do Programa Empresa Cidadã? Como seria o processo? Eu teria direito a algo mais longo?
O Processo: Como Eu Consegui a Licença Paternidade Prolongada
1. Entendendo Meus Direitos
Antes de sair pedindo algo sem preparo, eu sabia que precisava entender exatamente o que a legislação dizia sobre o assunto. Foi então que entrei no site do Governo Federal sobre Licença Paternidade. Lá, descobri que o primeiro passo seria verificar se minha empresa participava do Programa Empresa Cidadã, que oferece os 15 dias extras de licença (totalizando 20 dias).
Além disso, notei que algumas empresas já estão se adiantando às leis e criando políticas internas mais generosas. Por exemplo, gigantes como Google, Facebook e Natura oferecem licenças paternidades estendidas – algumas chegando a até 6 meses. Apesar de não trabalhar em uma empresa tão grande, me senti motivado a tentar. Afinal, a única coisa que eu poderia ouvir era um “não”, e isso não custaria nada.
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2. Conversa com o RH
Com as informações em mãos, marquei uma reunião com o RH da minha empresa. Foi nesse momento que percebi que muitas pessoas sequer sabem que podem pedir uma licença paternidade prolongada.
O setor de Recursos Humanos, no entanto, estava bem informado e confirmou que a empresa fazia parte do Programa Empresa Cidadã. Ou seja, eu já teria direito aos 20 dias. Mas será que seria possível estender ainda mais?
Decidi argumentar com base nos benefícios que a licença paternidade mais longa traz não só para a família, mas também para a produtividade e bem-estar do funcionário.
Apresentei estudos que encontrei em minhas pesquisas, como um artigo que dizia que pais que passam mais tempo com seus filhos nos primeiros meses tendem a ser mais engajados e felizes no trabalho. Foi nesse momento que percebi o quanto é importante a gente se preparar para essas conversas.
3. A Proposta de Flexibilidade
Mesmo com o limite dos 20 dias garantidos pelo programa, sugeri ao meu gestor uma alternativa: combinar dias de licença com home office, algo que minha empresa já permitia. Dessa forma, consegui somar mais tempo em casa, sem prejudicar o trabalho. Essa flexibilidade foi essencial, e me senti muito grato pela abertura da empresa.
Reflexões: Por Que a Licença Paternidade Prolongada é Tão Importante?
Depois de viver essa experiência, percebi que a licença paternidade prolongada não é só sobre passar mais tempo com o bebê – é sobre criar uma base sólida para a família.
A presença do pai nos primeiros meses é fundamental para fortalecer os laços afetivos e dividir as responsabilidades com a mãe. Além disso, é uma oportunidade para participar ativamente dos momentos que, muitas vezes, acabam ficando apenas na memória da mãe.
Vi no TikTok um vídeo de um pai relatando como ele conseguiu ser mais presente graças à licença estendida. Ele disse algo que ficou marcado na minha mente: “A primeira vez que minha filha sorriu foi no meu colo, e eu só estava lá porque minha empresa entendeu a importância desse momento.”
Esse relato me fez pensar: quantos pais perdem momentos essenciais porque precisam voltar ao trabalho antes mesmo de a poeira baixar?
Lições Aprendidas
- Conheça seus direitos: Muitas vezes, a informação não está visível, mas isso não significa que ela não existe. Pesquise, pergunte e vá atrás.
- Converse com o RH: Seja direto, mas sempre cordial. Mostre que sua solicitação é baseada em argumentos sólidos e não em achismos.
- Prepare-se para negociar: Se não houver possibilidade de licença prolongada, explore alternativas como home office ou dias de folga combinados.
- Seja presente: Licença paternidade prolongada não é só sobre “ficar em casa”. É sobre participar ativamente da vida do bebê e da família.
E Você, Já Pensou em Solicitar a Licença Paternidade Prolongada?
Minha experiência me mostrou que vale a pena lutar por aquilo que realmente importa. A licença paternidade prolongada me deu a chance de ser um pai mais presente e construir uma relação ainda mais próxima com meu filho. E, acredite, não tem preço que pague isso.
Agora, quero ouvir de você: você já tentou solicitar a licença paternidade prolongada? Como foi a sua experiência? Ou, se você ainda não passou por isso, quais são suas dúvidas ou expectativas? Deixe um comentário aqui embaixo e vamos trocar ideias.
Ah, e se você conhece alguém que está prestes a se tornar pai, compartilhe este texto! Muitas vezes, tudo o que precisamos é de um empurrãozinho para descobrir que temos mais direitos do que imaginamos.
Revisado por: Elisabete Lindolfo
Elisabete Lindolfo, jornalista e especialista em benefícios sociais e concursos públicos, revisou este conteúdo para garantir sua precisão e confiabilidade. Com experiência em políticas públicas e programas sociais, além de orientações para concurseiros, ela fornece informações claras e atualizadas para ajudar os leitores a acessarem seus direitos e alcançarem seus objetivos profissionais. Saiba mais sobre Elisabete.