Por Que Decidi Solicitar um Advogado Para Direitos Trabalhistas Este Ano

Direitos trabalhistas nunca foram um assunto que me preocupou muito. Eu sempre achei que, enquanto estivesse cumprindo minhas obrigações e a empresa estivesse pagando direitinho, não teria dor de cabeça. Mas, nos últimos tempos, comecei a ouvir cada vez mais histórias de amigos e colegas que tiveram problemas sérios com seus empregos. Demissões sem justificativa, pagamentos errados, falta de benefícios garantidos por lei. Foi aí que comecei a me perguntar: e se um dia for comigo?

E não é que aconteceu?

Depois de algumas mudanças dentro da empresa em que trabalho, percebi que algumas coisas estavam estranhas. Redução de benefícios, mudanças na carga horária, e até dúvidas sobre valores pagos nas férias. No início, achei que era normal, afinal, o país vive mudando regras, e a gente acaba aceitando certas coisas sem questionar. Mas quando fui pesquisar sobre a reforma trabalhista de 2025, percebi que talvez eu estivesse perdendo direitos sem nem perceber.

Foi assim que decidi procurar um advogado para entender melhor a minha situação.

O Que Mudou Com a Reforma Trabalhista de 2025?

Se tem uma coisa que aprendi nessa história toda, é que a legislação trabalhista no Brasil nunca está 100% fechada. A cada governo, novas mudanças são discutidas, aprovadas e, muitas vezes, questionadas nos tribunais. E a reforma de 2025 não foi diferente.

Pesquisando sobre o assunto, encontrei um artigo no blog da Sólides (link aqui) explicando as principais alterações da nova CLT. Entre as mudanças que mais chamaram minha atenção estavam:

• Novas regras para demissões: As empresas agora têm mais liberdade para rescindir contratos, mas isso também aumenta a necessidade do trabalhador estar atento aos seus direitos.
• Mudanças nas horas extras: Algumas categorias foram impactadas por novas regras sobre jornada de trabalho e banco de horas.
• Home office e direitos: A reforma trouxe atualizações sobre trabalho remoto, algo que cresceu muito depois da pandemia.

Outro ponto que me fez ligar o alerta foi uma decisão recente do STF sobre processos trabalhistas (detalhes aqui). O tribunal reforçou que, embora a reforma tenha mudado algumas regras, muitas empresas continuam agindo de forma abusiva. Resultado? O número de processos trabalhistas está aumentando.

Isso me fez perceber que não era paranoia minha. Algo estava realmente acontecendo no mercado de trabalho, e se eu não me informasse, poderia ser prejudicado.

Quando Você Deve Consultar um Advogado Trabalhista?

Depois de pesquisar e conversar com algumas pessoas, percebi que muita gente só procura um advogado quando a situação já está grave. Isso é um erro.

No TikTok, vi um advogado explicando que, muitas vezes, o funcionário só descobre que perdeu dinheiro quando já é tarde demais para cobrar. E o pior: tem direitos que têm prazo para serem reivindicados.

Foi então que comecei a listar algumas situações em que faz sentido buscar orientação jurídica:

• Se você foi demitido e tem dúvidas sobre o valor da rescisão.
• Se sua carga horária mudou e você não sabe se está correto.
• Se a empresa não está pagando horas extras corretamente.
• Se você trabalha em home office e quer saber se tem direito a algum benefício.
• Se percebeu que algum direito seu foi cortado sem explicação.

No meu caso, a gota d’água foi perceber que meu adicional de periculosidade não estava mais sendo pago. Eu trabalho em um ambiente que exige medidas de segurança específicas, e esse adicional fazia parte do meu salário desde sempre. De repente, parou de vir no holerite, e quando perguntei no RH, a resposta foi vaga.

Não precisei de mais motivos para marcar uma consulta com um advogado.

Como Foi Minha Experiência Com o Advogado Trabalhista?

Essa foi a primeira vez que procurei um advogado para algo relacionado ao trabalho, e confesso que estava um pouco nervoso. Mas, para minha surpresa, a conversa foi mais tranquila do que eu imaginava.

Expliquei minha situação, levei os contracheques dos últimos meses e também o contrato de trabalho. Em poucos minutos, ele já tinha identificado que a retirada do adicional de periculosidade não foi feita de forma legal.

O advogado também me explicou um detalhe que eu não sabia: nem todo erro trabalhista precisa ser resolvido na justiça. Muitas vezes, um bom advogado pode negociar diretamente com a empresa e resolver a questão sem precisar entrar com um processo.

No meu caso, ele sugeriu enviar um comunicado formal pedindo a correção do pagamento. Se a empresa se recusasse, aí sim entraríamos com uma ação.

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O Que Aprendi Com Essa Experiência

Depois de passar por tudo isso, percebi que, no Brasil, a gente tende a aceitar mudanças no trabalho sem questionar. Muitas vezes, por medo de perder o emprego ou por achar que “é assim mesmo”. Mas a verdade é que, se você não souber dos seus direitos, ninguém vai lutar por eles por você.

A nova reforma trabalhista trouxe algumas flexibilizações, o que significa que agora, mais do que nunca, é fundamental entender o que mudou. Não é sobre ser contra ou a favor da reforma, mas sim sobre garantir que você não está sendo prejudicado sem perceber.

Se eu puder dar um conselho depois dessa experiência, é este: se algo no seu trabalho mudou e você não sabe se está certo, pergunte. Pode ser para um advogado, para o sindicato da sua categoria ou até para alguém que já passou por isso. O que não dá é para ficar no escuro.

E você? Já passou por alguma situação parecida? Pensou em procurar um advogado, mas ficou na dúvida? Conta aí nos comentários.